O coito interrompido é um dos mais antigos métodos contraceptivos usados até hoje. Diferente das proteções de barreira, como a camisinha e a pílula anticoncepcional, o coito interrompido não tem relação alguma com hormônios ou outras substâncias. Por isso, ele é conhecido como um método comportamental.
Que é um recurso conhecido, já sabemos. No entanto, será que é mesmo seguro? ? Continue lendo e saiba mais sobre essa técnica contraceptiva.
Afinal, o que é coito interrompido?
O coito interrompido, também conhecido como método de retirada, ou popularmente por “gozar fora”, é uma das técnicas contraceptivas mais conhecidas por ser também uma das mais antigas.
Por não apresentarem custos nem efeitos colaterais, os métodos comportamentais, como o coito interrompido, são amplamente adotados e, mesmo que não sejam indicados, a ideia pode parecer interessante para muitas pessoas.
Basicamente, baseia-se no homem retirando o pênis de dentro da vagina antes que o orgasmo e ejaculação aconteça (sim, não parece nada prazeroso e muito menos possível, não é?!).
Assim, a ejaculação não ocorre dentro do corpo da mulher, impedindo que o espermatozoide que está no sêmen alcance o sistema reprodutor feminino. Bom, pelo menos em teoria. ?
Aparentemente o método parece muito fácil. Mas, o coito interrompido exige muito autocontrole por parte do homem. Afinal, ele deve conhecer seu corpo a ponto de saber o momento em que vai ejacular.
Mas, mesmo quando o homem acha que tem muito controle sobre esse processo, acidentes acontecem… fazendo com que a técnica não seja tão confiável. Além disso, o coito interrompido também não apresenta prevenção (Infecções Sexualmente Transmissíveis), tornando essa técnica ainda mais falha.
O coito interrompido engravida?
Ao contrário do que muitos imaginam, sim, o coito interrompido pode permitir que uma gravidez aconteça. ? Além da falta de controle por parte do homem no momento de ejacular fora da vagina, existe um líquido que antecede a ejaculação, chamado de pré-ejaculatório, que pode conter espermatozoides.
Ele é liberado antes do orgasmo como uma forma de lubrificação para o sexo, ajudando também a equilibrar a acidez da uretra. Dessa forma, ainda que o homem tenha todo o controle no momento de gozar e faça a técnica corretamente, o risco de uma gravidez ainda pode estar presente.
Ao todo, a cada 100 pessoas que utilizam o coito interrompido de forma correta como método contraceptivo, cerca de 4 poderão engravidar no período de um ano. Mas esse é um dado teórico, a vida real é bem diferente. Esse risco pode ser ainda maior, considerando que nem sempre é fácil interromper o sexo segundos antes da ejaculação. Seja pelo calor do momento, consumo de bebidas alcoólicas ou falta de experiência mesmo.
O coito interrompido é seguro?
Além de apresentar o risco de falha mesmo com a técnica feita de forma correta, o coito interrompido não é um método seguro. Afinal, a gravidez não é a única preocupação que a gente deve ter durante o sexo, não é verdade?!
Ainda que o líquido pré-ejaculatório não tenha espermatozoides, ele pode transmitir o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, como hepatite B, sífilis, gonorreia, clamídia, HPV e tricomoníase.
No entanto, devemos considerar ainda que ele é muito usado por pressão do parceiro que se nega a usar camisinha. Essa não é a melhor solução para a situação. Por isso, não se sinta obrigada a aceitar o método somente por insistência. Afinal, além de não ser 100% eficaz, não vai te proteger contra as ISTs.
Uma forma de tornar esse método efetivo é o associando a outro anticoncepcional, como a pílula e a camisinha. O coito interrompido pode, sim, ter uma abordagem positiva como contraceptivo, desde que ele seja somado a outro método para garantir sua eficácia.
Procurar um especialista para identificar a melhor alternativa de método é essencial para que você possa transar sem preocupações em relação à gravidez e também às ISTs.
Agende sua consulta com um ginecologista e tire suas dúvidas sobre métodos anticoncepcionais, ISTs, ciclo menstrual e muito mais.