Segundo uma pesquisa realizada em 2020 pelo IBOPE, 52% das mulheres já tiveram candidíase, pelo menos uma vez na vida. Por isso, entenda o que é esta infecção, quais são seus sintomas, como realizar o tratamento e o que podemos fazer para ajudar na prevenção.
A ardência na vagina está entre os sintomas mais comuns que indicam uma série de infecções e doenças, inclusive a candidíase. Como esse sinal pode indicar uma série de problemas em sua saúde, você pode ver aqui mais detalhes sobre ele.
Agora vamos ver o que pode causar a candidíase e porque é importante ficar atenta aos sintomas que podem indicar o aparecimento desta infecção fúngica. Vem com a gente!
O que é a candidíase?
A candidíase vulvoaginal é uma infecção causada pelo fungo do gênero Candida, principalmente a Candida albicans. Geralmente ela surge por algum tipo de desequilíbrio na flora vaginal.
Chamamos de flora vaginal o conjunto de micro-organismos presentes em nossa vagina, que não causam doenças, infecções ou sintomas quando equilibrados.
Contudo, se há um desequilíbrio, com produção em excesso de algum micro-organismo, ou proliferação de outros, que não sejam comuns à região íntima, as infecções podem surgir, como é o caso da candidíase.
Quais são os fatores de risco?
Sabemos que a candidíase é causada pelo fungo do gênero Candida, principalmente a Candida albicans. Mas como ele se desenvolve em nossa vagina causando a candidíase?
Além da baixa imunidade, os principais fatores que podem estimular o desenvolvimento do fungo causador da candidíase vaginal e/ou de aumentar o risco de termos essa infecção são:
- Uso de roupas íntimas sintéticas e de roupas, de modo geral, muito apertadas, pois dificultam a ventilação na região íntima e aumentam a umidade e o calor, o que facilita a proliferação de fungos;
- Uso de antibióticos, de modo geral, pois, além de combaterem as bactérias que estejam fazendo mal para nosso organismo, eles também podem reduzir as bactérias da nossa flora vaginal, que são importantes para evitar o crescimento de fungos;
- Diabetes fora de controle, pois a queda de imunidade, que pode ser provocada por essa doença, facilita a proliferação desses fungos;
- Estresse e ansiedade em excesso podem afetar nosso sistema imunológico e, como dissemos, com a imunidade baixa, viramos um alvo fácil da proliferação de fungos diversos, inclusive o causador da candidíase;
- Desequilíbrio hormonal, como as ocorridas durante a gravidez e menopausa;
- Doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatóide, apesar de incomum, também podem influenciar para a proliferação de fungos na região íntima.
Esses fatores são alguns dos que podem aumentar o risco de se desenvolver a candidíase. A infecção possui tratamento e pode ser identificada pelos seus sintomas mais comuns, listados abaixo.
Como sei que estou com candidíase?
Vamos conferir, então, quais são os principais sintomas que podem indicar a candidíase.
- Ardência na vagina;
- Vermelhidão, coceira e inchaço na região íntima;
- Corrimento vaginal, normalmente na cor esbranquiçada;
- Dor durante a relação sexual;
- Pequenas fissuras na pele ou mucosa.
É importante, ao notar qualquer sintoma ou sinal diferente no seu organismo, procurar por um médico ginecologista para identificar qualquer alteração na sua saúde ou infecção.
Além disso, é importante pontuar que, apesar de mais comum nas mulheres, com uma alta incidência, a candidíase também pode ocorrer em homens, com sintomas semelhantes, com a diferença de ser no pênis ao invés da vagina.
Como tratar a doença?
Geralmente, o tratamento da candidíase é realizado a partir da utilização de pomadas e cremes específicos ou então de medicamentos orais. Contudo, é fundamental a consulta com um ginecologista, para ter certeza do diagnóstico e do tratamento mais adequado.
Muitos dos sintomas da candidíase, que citamos acima, podem ser também sinais de outras infecções e até mesmo de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como é o caso da gonorréia. Dessa forma, é preciso que o diagnóstico seja realizado pelo ginecologista.
Tem dicas para prevenir a candidíase?
Vimos que a candidíase vaginal é super comum entre nós, mulheres. Contudo, há algumas dicas que podem nos ajudar a evitar essa infecção. Não é uma garantia, mas pode ajudar na prevenção. Algumas das dicas são:
- Evitar usar roupas muito apertadas;
- Cuidar da higiene íntima, mas não em excesso, pois pode desregular a flora vaginal;
- Preferir sabonete neutro ou de pH neutro;
- Não realizar ducha vaginal;
- Manter a vagina seca e arejada, evitando, por exemplo, ficar com roupa molhada por muito tempo;
- Praticar exercício físico, diminuindo estresse e ansiedade;
- Manter uma alimentação saudável, evitando a ingestão excessiva de doces e carboidratos.
Além disso, se falamos em prevenção, é bom reforçar a importância do uso da camisinha em todas relações sexuais, protegendo-se contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e, em alguns casos, também da candidíase.
Isso porque, apesar de não ser comum que haja transmissão de candidíase através da relação sexual, pode ocorrer, por exemplo, caso um dos parceiros esteja com imunidade baixa e o outro com a infecção ativa. Então, já sabe, sempre use camisinha!
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Fontes: Tua saúde; Abril; Uol; Saúde e bem estar;