Muitas adolescentes se fazem a seguinte pergunta: posso tomar pílula anticoncepcional sem minha mãe saber? Primeiramente, é preciso entender que a pílula anticoncepcional, assim como todo medicamento, precisa de prescrição médica.
No entanto, se for da vontade da jovem, mesmo menor de idade, ela pode, sim, consultar com um médico ou ginecologista (especialista na saúde feminina) sem a presença da mãe ou outro responsável e pedir a prescrição da pílula anticoncepcional.
Dessa forma, sim, é possível a adolescente tomar a pílula anticoncepcional sem a mãe, os pais, ou outros responsáveis, saberem, mas desde que seja indicada pelo ginecologista ou um médico clínico geral.
Vem com a gente ver algumas respostas para essas dúvidas comuns!
Posso consultar com um médico sozinha e pedir anticoncepcional?
Se você tem idade suficiente para tomar decisões médicas sem o consentimento dos pais e deseja tomar a pílula anticoncepcional sem que sua mãe saiba, você pode marcar uma consulta com um médico para discutir suas opções contraceptivas.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente e também o Código de Ética Médica, a jovem, mesmo menor de idade, pode agendar e ir até a consulta ginecológica ou com um médico clínico geral para pedir uma pílula anticoncepcional ou outro método contraceptivo.
Hoje em dia, também é possível marcar uma consulta online com um médico. Na qual é possível conversar com o profissional, tirar suas dúvidas e pedir o contraceptivo sem precisar sair de casa!
Ah, mas vale dizer que o papo com o médico precisa de sinceridade, combinado?
Falar se você já iniciou sua vida sexual, ou se pretende iniciar logo, sobre seu ciclo menstrual e os sintomas da menstruação, costumam ser tópicos recorrentes de uma consulta ginecológica, seja para aquela jovem que deseja tomar a pílula anticoncepcional sem a mãe saber ou com ela sabendo.
Se você ficar na dúvida do que pode e do que não pode ocorrer numa consulta ginecológica, veja esse conteúdo aqui!
O médico pode falar para meus pais que estou tomando anticoncepcional?
Para a maioria dos casos, os médicos são obrigados a manter a confidencialidade de seus pacientes. O que significa que eles não compartilharão informações com seus pais sem o seu consentimento, mesmo que você seja menor de idade.
O artigo 74 do Código de Ética Médica explica que é “vedado ao médico revelar sigilo profissional relacionado ao paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente.”
Nesses casos em que se caracterizar a necessidade da quebra do sigilo médico, o paciente será informado previamente, justificando-se os motivos para essa atitude.
Por exemplo, caso seja identificado que a paciente menor de idade é soropositiva, ou seja, que tem HIV, e como essa infecção sexualmente transmissível apresenta um risco grave à saúde e necessita de tratamento imediato, o médico deverá comunicar à jovem a necessidade de compartilhar essas informações com os pais ou responsáveis para seguirem um tratamento adequado.
Contudo, informações particulares, como a vida sexual da adolescente, se ela toma ou não anticoncepcional, ou a sua orientação sexual, caso seja compartilhada com o médico, jamais sairão da confidencialidade entre médico e paciente, desde que isso não apresente danos à saúde.
Deu pra sacar a diferença?
Tem dúvidas? Fale com um médico!
Se você ainda tem dúvidas sobre o que rola na consulta com um médico e quais perguntas são comuns para você começar a usar um método anticoncepcional confiável, a gente facilita para você!
Ah, e é importante lembrar também que a pílula anticoncepcional não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Então sempre é uma boa ideia usar um método de barreira adicional, como a camisinha, para se proteger contra ISTs e para aumentar a proteção para evitar uma gravidez não planejada.